28/03/2009

Padrinhos, oba! Mas sem gafes!

Mais do que testemunhas de um ato de amor eles representam a família de sangue e de amigos do casal

O casamento não é apenas uma cerimônia que provoca grandes emoções, é um acontecimento social aguardado por todos aqueles ligados direta ou indiretamente aos noivos. Historicamente há significados que ultrapassam as causas amorosas, mas ainda assim, a união familiar tradicional sobreviveu à chegada do novo milênio e além de grande acepção religiosa e cultural, representa o respeito, a cumplicidade e o amor entre duas pessoas. Porém, o enlace matrimonial está longe de envolver apenas o casal de pombinhos apaixonados. E, entre os inúmeros personagens desta ação simbólica estão os padrinhos e madrinhas da cerimônia, Testemunhas que não podem ser deixadas de lado! A conceituada cerimonialista Vera Simão dá algumas dicas sobre o comportamento e as responsabilidades que ditam o papel dessas figuras indispensáveis. Se você já recebeu o convite para o posto atente-se para o que vem a seguir.

ACERTANDO NA ESCOLHA
A escolha dos padrinhos é um momento especial para o casal e por isso, é importante convidar pessoas por quem tenha muito carinho e respeito. “Caso os eleitos dêem um motivo, não há o menor problema em declinar ao convite”, observa Vera. Geralmente, são pessoas íntimas e compreenderão a recusa. Mas, antes de sair chamando todos os seus amigos e familiares para subir ao altar, é importante verificar o espaço em que as testemunhas se posicionarão. “Exagerar nos convites pode deixar o altar extremamente confuso e apertado. Tem que ser racional”, completa Vera. Quanto ao posicionamento, há uma explicação um tanto romântica e especial. A noiva ao caminhar do lado direito de seu pai em direção ao noivo dará posição para que os dois homens se cumprimentem com a mão esquerda, o lado do coração, e aí então a noiva passa das mãos paternas para as mãos do futuro marido. Com a madrinha a posição inverte-se, e geralmente ela entra do lado esquerdo do padrinho, para que a conotação mude.

VESTUÁRIO
Se a dúvida está na maneira de se vestir, fique atenta aos horários. A cerimônia de dia, pede que as roupas das madrinhas sejam leves, em tecidos como musselina e organza. O horário oferece possibilidades mais descontraídas como o vestido longuette e o chapéu — super chique! À noite, é aconselhável investir em cores e brilhos para alegrar o altar. A regra é simples: cores claras pedem brilho; cores fortes dispensam pedraria em excesso. As estampas podem ser usadas à noite, mas com muita cautela. Se a cerimônia for no civil, contenha-se e procure dar preferência a tecidos leves. Pelo horário, as mulheres podem os tailleurs, uma ótima opção. Algumas regras valem na hora da escolha das cores madrinhas. “Em geral, não se repete cores no altar. A noiva pode indicar duas tonalidades, uma para cada lado do altar e pedir apenas para as mães e madrinhas optarem. Outra opção é deixar a gosto da convidada e, se preferir, pedir apenas que o preto seja evitado”, alerta a cerimonialista. De acordo com Vera, quem tem prioridade na escolha é a mãe da noiva, em seguida a mãe do noivo e então as madrinhas. “Tudo isso pode ser feito com bastante descontração em uma das festas que precedem o casamento como o chá-bar, chá-de-cozinha, ou um almoço especial para mães e madrinhas. Os padrinhos não são obrigados a usar o mesmo traje. Mas, tudo pode ser devidamente combinado, com antecedência, entre o casal de noivos e seus convidados”, indica.

O PRESENTE
Quem já não perdeu horas e até dias pensando na melhor forma de presentear amigos que resolveram “juntar os trapinhos”? Hoje, não há mais tabus envolvendo questões financeiras, e só irá depender do grau de intimidade com o casal. Se for íntimo, não há nada de mais perguntar as necessidades e os gostos para basear a compra. A cerimonialista Vera Simão afirma que a escolha não deve ser feita pelo valor mais alto. “Isso é ultrapassado. A situação de cada convidado tem que ser levada em conta”, pondera a profissional. Os padrinhos podem oferecer presentes diferentes ou reunir outros convidados para darem um único presente de maior valor. “Em muitos casos, o dinheiro pode servir como um auxílio para os gastos com a festa e até mesmo com a lua-de-mel, e isso não é deselegante”, afirma.
Para a entrega dos presentes, é imprescindível verificar o endereço que consta no convite, normalmente das residências dos pais dos noivos. O ideal é que o casal de padrinhos entregue pessoalmente a lembrança. No entanto, nem sempre isso é possível. Para solucionar este contratempo existem lojas especializadas em presentes de casamento, que entrega todos juntos, depois que os convidados já fizeram suas compras. O mais importante é lembrar que o convite feito pelos noivos é uma homenagem, uma demonstração do imenso carinho. “Os padrinhos devem orientar os recém-casados porque além de testemunhas da união, têm como missão ajudar os noivos na organização e preparação do casamento”, segundo Vera durante a cerimônia são os padrinhos que podem oferecer uma “mão” aos amigos, caso surja uma necessidade.

IDÉIAS SUPERADAS
- Achar que os padrinhos devem ser casados, é completamente ultrapassado. Atualmente é possível convidar amigos que não sejam necessariamente casados, ou que namorem, devem apenas manter uma proximidade afetiva com o casal.

- Hoje, não há mais tabus envolvendo questões financeiras, e só irá depender do grau de intimidade com o casal. Se for íntimo, não há nada de mais perguntar as necessidades e os gostos para basear a compra.



Texto: Camila Crepaldi

Um comentário:

  1. Boas dicas para quando eu for convidada.. ehehe. Abs e boa semana.

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